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quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Revolução dos Bichos

1 – O livro com suas metáforas revela várias espécies de autoritarismo. Faça comentário do livro e das formas de autoritarismo que o Brasil vivencia hoje. (familiar, religioso, estatal) etc.

Apesar do livro ter sido escrito em 1945, ele continua atual e universal. Por isso o livro é um clássico.

A Revolução dos Bichos foi inspirado na Revolução Russa. É uma sátira sobre o mito soviético e da ditadura stalinista. A analogia fica explícita quando o autor enfatiza alguns paralelos nos episódios: a expulsão de Bola-de-Neve, a reescritura dos Dez Mandamentos, os julgamentos de inocentes e as execuções em massa são fatos representados com grande nitidez.

Na fábula fica nítida a exposição de dois tipos de dominação. O da sedução através do poder de persuasão do porco Garganta e o da dominação pela força bruta, o totalitarismo, a ditadura de Napoleão. Quem se rebelasse era punido fisicamente, torturado e levado à morte.

Com relação ao nossos dias podemos perceber vários tipos de autoritarismo impregnados em nossa cultura. Por exemplo o Patriarcalismo, que é baseado na aceitação da predominância do homem sobre a mulher. Apresenta grande vitalidade como podemos perceber pelas diferenças salariais entre homens e mulheres para funções idênticas, pelo maior número de homens em posição de chefia e direção, na violência doméstica e devemos citar o cinismo dos sistemas de cotas nos cargos políticos. Percebemos também o autoritarismo no Sistema de Ensino que em várias situações é imposto e não participativo, que confundem autoridade com autoritarismo. Vemos também o autoritarismo religioso, o fato de feriados nacionais os “dias santos”: “Dia de Nossa Senhora Aparecida”, “Sexta-feira da Paixão”, “Corpus Christi”, nenhum outro “dia santo” como dos judeus, budistas ou muçulmanos são considerados feriados nacionais e nem de outra religião.

2 – Discorra a questão ética no livro e nas organizações formais brasileiras.

Concretizada a Revolução na Granja, surge a necessidade de organização. Para isso os porcos foram escolhidos, por serem mais inteligentes, para liderar a granja. As mudanças começaram a surgir. Em um primeiro momento, uma sociedade com ideais igualitários demonstrados através de Bola-de-Neve, um dos líderes da Revolução. Mas em um segundo momento, Napoleão também um dos líderes da revolução, dá um golpe em seu parceiro e o expulsa da granja. Depois disto Bola-de-Neve é tido com um traidor da Revolução.

A partir deste momento Napoleão implanta seu sistema ditatorial. Não possui ética, código de honra. Ele fazia tudo de acordo com seus interesses, enganou a todos. Tornou-se um ditador cruel, feroz e insensível. Feriu todos os princípios éticos de antes.

Nas organizações formais brasileiras também temos exemplos de falta de ética, a perda de valores. Pessoas que puxam o tapete de seus colegas, em muitas situações usam até mesmo de ameças e violência, para conseguir sobressair. Vemos também a falta de ética das próprias organizações com relação aos seus concorrentes. Que muitas vezes utilizam de meios e recursos antiéticos para levarem vantagens, como por exemplo a “espionagem industrial”.

3 – Os ideais igualitários conquistam muitos adeptos infelizmente são corroídos pela própria natureza humana. Fale sobre este aspecto no livro e na vida real.

Temos no exemplo de “A Revolução dos Bichos”, o velho Major, sábio, respeitado, que espalha entre os animais da granja, os seus ideais igualitários. Bola-de-Neve, um dos líderes que ajuda na Revolução, acredita nestes mesmos ideais, mas é expulso da granja e considerado como um traidor da Revolução. Napoleão que no início parecia compartilhar dos mesmo ideais acaba demonstrando outra personalidade. É partidário do totalitarismo, torna-se um ditador sanguinário, que a custa de força e opressão, não permite nem uma oposição a sua autoridade.

Os cavalos Sansão e Quitéria, representam o proletariado, não tem acesso às informações e por isso são manipuláveis e acreditam, sem questionar, em tudo que Garganta lhes diz. Este por sua vez representa os sistemas de propagandas dos regimes de política centralizados e ditatoriais.

Apesar do livro ter sido escrito em 1945, ainda hoje, podemos aplicá-lo a nossa própria realidade. A manipulação de informações por parte dos governos em prol de seus interesses ou a tão sonhada igualdade social, prevista por Marx e que ainda não chegou.
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