Vida de Inseto

O filme “Vida de Inseto” é uma fábula, onde podemos perceber claramente mensagens inspiradas no mundo das organizações. A colônia das formigas é sem dúvida uma organização divida em departamentos, onde cada uma tem sua função. É uma aula em gestão de recursos humanos. A questão da liderança formal e informal é percebida através dos exemplos da rainha, que está ensinando sua filha princesa a ser líder, e assumir a liderança da colônia. Vemos aí a questão da tradição que é passada de geração à geração. A liderança é imposta. E podermos perceber também a liderança informal, onde Flik é desprezado por toda a colônia, mas é um líder nato. Ele sai a procura dos “guerreiros” para salvar a colônia do autoritarismo dos gafanhotos. E com isso ele consegue formar uma equipe. E uma equipe híbrida, diferentes culturalmente. O besouro, a borboleta, louva-deus, bicho-pau, a joaninha e uma formiga como líder, formam essa equipe repleta de diferenças. Mas o líder consegue trabalhar essas diferenças, as potencialidades e as fraquezas de cada um produzindo sinergia. Construindo o espírito de união, que é o objetivo comum da equipe: salvar a colônia. Mostrando com isso que o trabalho em equipe é a essência de uma organização. E que nem sempre o líder é o que está no comando. Ele encontra resistência, pois, quebrar paradigmas, mudar conceitos e tradições, inovar não é fácil. É um trabalho que requer muita determinação, dedicação e muita força de vontade. Com isso ele consegue um dos requisitos essenciais em um líder: a confiança de sua equipe. Mostrando a toda colônia que juntas elas são mais fortes e podem derrotar os gafanhotos. O autoritarismo exercido pelos gafanhotos demonstra outro tipo de liderança: a autoritária. Exercida através da opressão da coesão, da violência e do medo. É uma pequena minoria dominando a grande maioria através do poder e da retenção de informação. Por achar que não podiam enfrentar aquela situação, por pensarem que eram mais fracas aceitavam esse domínio. Mas o líder, Flik, tem nas mãos o poder da informação, do conhecimento que liberta. Com espírito empreendedor, coragem, criatividade, inovação, persistência e resiliência, ele parte para a conquista de novos horizontes, para uma nova era. E consegue através de uma mobilização organizada, de um trabalho em equipe, libertar a colônica da opressão dos gafanhotos. Esta é uma das questões mais cruciais de todos os tempos: se a grande massa tomasse consciência de sua força, que juntos, através de uma mobilização organizada, de um trabalho em equipe, a classe proletária, conseguiria a sua liberdade e retomariam o poder de sua “colônia”.

Acadêmica: Liliane de Fátima Vieira Durães.

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